segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Nada Indecente

Muita destruição urbana para todos os lados,
Neblina incessante.

Os olhares que aqui vislumbraram um dia,
despreza.
Insensibilidade.

Não é questão de morte,
não é questão de sorte.

Há lugares para fugir,
bandos nefastos a seguir.

Não importa,
palavras favoritas de agora.

Não me importa,
sabor amargo de derrota.

Cantos melodiosos,
aos cantos não vago.
Nos cantos não paro

Siga vida, vida me segue
Não sou sua vida,
Sou a minha vida

Sangue nas veias,
vis labaredas 
vis derradeiras canções.

Se um dia, foi meu sonho
Ontem foi pesadelo.
Hoje é desejo
Amanhã, do amanhã nada sei

Mesmo amiga, não me quer
Menos ainda, me perdoar
Perco atenção
Diante de luar tão apavorante

Neblina escarlate, 
Jamais vingança

Jamais distância.

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