domingo, 25 de março de 2012

No apagar das luzes, no consciente apenas a vontade e aquele calor, aquela respiração ofegante, aquele olhar penetrante... querendo. Se aproximam, os sussurros de respiração nos ouvidos, a euforia aumenta no contato dos lábios, as mãos deles como veludo doce a toca, a abraça. As mãos deslizam com suavidade enquanto os lábios ganham mais e mais vida, ela sente a força emergindo, ele sente o amor se esvaindo e se transformando em carinho... Sem tirar os lábios, eles desce lentamente ao pescoço, os dedos procuravam os bicos... ele acariciou circularmente, os apertou com suavidade e os chamou a luz, para o beijo, para contado com a língua e para o delírio dela e aos arrepios itinerantes... enquanto a camisola saia, o ar começou a ter um sabor delicioso, os aromas se misturavam com a mesma voracidade dos corpos, as mãos mimicas se tornaram minuciosas... encontrando as partes mais delicadas, puxando o gostoso das sensações aos poros, puxando a mente as nuvens... as pontas dos lábios dele passa perto umbigo e desce, as mãos fortes apertam as coxas, ela morde os lábios e suspira. As mãos dela segura os cabelos dele, enquanto geme suplicas de amor e paixão.

domingo, 18 de março de 2012

Reclamo sem seduzir

Pode ser aceso,
Pode ser apagado
Mas este é o seu
Lar, doce lar
Alguém chama, você corre
Rios de emoção,
Ignore-me se quiser
Salvação é uma escolha
Salvação é uma mão estendida
Amar é convicção disto.

Você é um estado viral, encontrada na minha consciência humana
Você chegou e eu não me largo, coração
Mesmo que queira estar aqui, já se foi uma vez
Você se vai mais uma?
Talvez sim, talvez não...

Não me lembro bem, mas de novo
Sinto-me fraco sem entender
Meus olhos não te enxergam por perto
Só sei dizer sim e você meu amigo

Não sou mais livre,
Não sou mais vivo.
Minha mente me engana,
Acho que quero o que não se deve ter.

Onze, doze... Por ande andas não contam as mentiras, tocam
Todo mundo sabe, todo mundo viveu isso
Você em busca de contato, e eu esperando...
Até quando? O sol raia e nada que me saia de mais belo
Para um monte, para um todo, você se foi para um tolo
e deixou outro em um rolo de dúvidas.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Trinca Ideia

Esse monarca,
Não tem marca para deixar
E sem alça para salvação
Clama por seu nome em vão.

Pouca espada
Para muito chão trilhar em batalha
Lá vem hordas inimigas
Em encalço de um nobre ancião.

Sabedoria para poucos saberem
Desse, descerá muito sangue nesse lugar
Sozinho, um amigo a procurar
Dor profunda, sem mais lugar, transbordar...

domingo, 11 de março de 2012

Eu, 'nigma

O soturno lar,
Cada vasto canto
No seu detalhe é um risco
É uma viagem ao meu mundo.

Em meu mundo,
Há muito do que não contar
Cada mistério é um enigma desvendado, embrulhado e
Não te entregue.

Que venham perguntas,
que não serão respondidas
que ficarão no vago eterno
Vácuo humilde de procissão.

Por menor que seja, ou que seja, não importa.
Seus olhos podem não ser azuis,
Seus seios podem não ser grandes ou serem meus.
Mas você, pôde ser para mim, um inigualável apreço.

quarta-feira, 7 de março de 2012

A Lamúria do condenado

A densidade do carma,
Não pode ser medido em apenas alguns conta-gotas.
A tenacidade dos atos, corresponde a prudência
Uma fatalidade tão mortal quanto a desculpa deslavada.


Tão a salvo, orador do coro
E que o coro te leve.
Renutrir, é compaixão ensaiada
Apenas de obrigações são reinados os homens.


Ando por caminhos desconhecidos,
Caminhos de vida e morte,
Caminhos do mundo onde vivo, morto.
Busco pela minha liberdade, apesar de nunca ter sido escravizado;
Busco por minhas asas
Assas essas que tanto ambiciono, mas que nunca alcanço.
Assas essas que nunca tive... nunca terei.
Ambiciono uma liberdade que nunca vivi...
Gostaria de ser livre como um pássaro, gostaria de voar,
Mas assas não pertencem a humanos, apenas a anjos
E para o céu já não posso mais voltar.
Sou humano, sou pecador...
Tenho livre arbítrio, mas não me sinto livre
Me sinto mais como um condenado, que vive trancado numa prisão chamada, vida humana.


Vida humana, Alma assombrada pelo próprio desejo, porque se lamenta em meio a essa solidão?
És tão normal e comum quanto qualquer outro, então porque se lamentar?
Sente-se só, porque sempre se mantém só...
És o único culpado pelo seu próprio sofrimento;
És o único incompreensível para sua própria compreensão...
Uma alma amargurada, por desejos tolos

segunda-feira, 5 de março de 2012

Eu, viajante

Posso repensar várias e várias vezes, mas ainda não me conecto com o mundo. A solidão me aflora naquela região inepta, não produz nada, não rende nada. O coração afoba, tento me lembra de algo e a imaginação me seduz e me embaralha a mente, formo diferentes pessoas, diferentes lugares e não reconheço nenhum. Tento me lembra como cai ali só, sozinho. Não encontro resposta, tento lembrar quem são meus entes queridos, e só vejo um rosto. Não me lembro o seu nome. O coração afoba, e afoba muito. É uma pessoa importante a qual me lembro, onde estará, pensando em mim? Porque naquele momento eu procuro um porto seguro, nem que seja apenas da minha mente. O corpo continua fraco e com fome, o suor, o calor, o lugar não ajudam. O sol domina a manhã, não sei que horas são.

Me adentro numa floresta, a primeira visão que tenho é uma mata densa com sons sinistros, mas são sons de vida. Vida pura e irracional, luta pela sobrevivência do mesmo modo que procuro salvar a minha. Ainda não tenho energia para raciocinar meus atos, e logo me ataco as primeiras frutas que vejo. Sorte! Morangos, doces morangos. O sabor doce e refrescante do morango, aquela pequena fruta afrodisíaca em minha boca "explodiu" no meu regojizo de alivio, ternura e satisfação. Os sons continuavam, me adentrei pouco na mata, já notando a penumbra que me cerca.

Lembro das palavras que te proferi, foram a minha maior obra prima, nunca esquecerei. Me fiz de  exemplo, me carregou o peito a de alegria e me senti forte. Pois A noite pode ser escura e Cheia de assombrações . Pórem Lembro-me que seus Belos Olhos Tem o Poder de iluminar dentro dos corações entõ não a Noite para que eu tema Sabendo que você me Vislumbra - Se fui importante, o inverso em mim se expande. Por mais que eu diga, ainda ando só, sozinho.

Com coragem sigo adentro na densa floresta, com seus lobos escondidos a seguir-me com olhares de inquisição. A mente forte, move o corpo fraco. Sento perto de uma arvore de pura negritude, apodrecida até a raiz. Descanso o corpo agora, mas sua presença é desejada, mesmo que eu não a tenha, sigo em frente, fortes laços me formaram fortes convicções. E mesmo só, continuo sendo eu, viajante.