segunda-feira, 5 de março de 2012

Eu, viajante

Posso repensar várias e várias vezes, mas ainda não me conecto com o mundo. A solidão me aflora naquela região inepta, não produz nada, não rende nada. O coração afoba, tento me lembra de algo e a imaginação me seduz e me embaralha a mente, formo diferentes pessoas, diferentes lugares e não reconheço nenhum. Tento me lembra como cai ali só, sozinho. Não encontro resposta, tento lembrar quem são meus entes queridos, e só vejo um rosto. Não me lembro o seu nome. O coração afoba, e afoba muito. É uma pessoa importante a qual me lembro, onde estará, pensando em mim? Porque naquele momento eu procuro um porto seguro, nem que seja apenas da minha mente. O corpo continua fraco e com fome, o suor, o calor, o lugar não ajudam. O sol domina a manhã, não sei que horas são.

Me adentro numa floresta, a primeira visão que tenho é uma mata densa com sons sinistros, mas são sons de vida. Vida pura e irracional, luta pela sobrevivência do mesmo modo que procuro salvar a minha. Ainda não tenho energia para raciocinar meus atos, e logo me ataco as primeiras frutas que vejo. Sorte! Morangos, doces morangos. O sabor doce e refrescante do morango, aquela pequena fruta afrodisíaca em minha boca "explodiu" no meu regojizo de alivio, ternura e satisfação. Os sons continuavam, me adentrei pouco na mata, já notando a penumbra que me cerca.

Lembro das palavras que te proferi, foram a minha maior obra prima, nunca esquecerei. Me fiz de  exemplo, me carregou o peito a de alegria e me senti forte. Pois A noite pode ser escura e Cheia de assombrações . Pórem Lembro-me que seus Belos Olhos Tem o Poder de iluminar dentro dos corações entõ não a Noite para que eu tema Sabendo que você me Vislumbra - Se fui importante, o inverso em mim se expande. Por mais que eu diga, ainda ando só, sozinho.

Com coragem sigo adentro na densa floresta, com seus lobos escondidos a seguir-me com olhares de inquisição. A mente forte, move o corpo fraco. Sento perto de uma arvore de pura negritude, apodrecida até a raiz. Descanso o corpo agora, mas sua presença é desejada, mesmo que eu não a tenha, sigo em frente, fortes laços me formaram fortes convicções. E mesmo só, continuo sendo eu, viajante.

Nenhum comentário: