domingo, 20 de julho de 2008

A história de um amor platônico




Pobre Pierrot, vive apaixonado,
por um alguém que não sente esse amor.
Uma tal de Colombina é o motivo dessa dor,
ele a ama mais que a própria vida,
pobre Pierrot...
Tolo sonhador iludido, vive à amando sempre escondido.
A persegue como se fosse um bandido, se esgueirando por esquinas a fora,
Pierrot pobre iludido...
Numa dessas esquinas, Pierrot vê o que nenhum enamorado gostaria,
Seu amor nos braços de outro, que drama, que agonia
Pobre Pierrot atrapalhado...
Após ver tal cena, Pierrot corre desesperado,
Mas Pierrot é desengonçado, então se parece com Clown, o palhaço
Pobre Pierrot agoniado....
Pierrot corre para o bar, e lá bebe para acabar com seus tormentos
"Enche a cara, toma todas, entorna muitas"
Pobre pierrot embebedado....
Depois de muitas garrafas e muitas lágrimas do desesperado
Do bar Pierrot é despejado, escorraçado, é retirado
Pobre Pierrot alucinado....
Podia ser qualquer noite, podia ser em qualquer época, mas aconteceu justamente no carnaval
Com "a cara cheia" e o coração despedaçado Pierrot foi festejar, foi "pular carnaval"
Pobre Pierrot embeiçado...
Após brincar, rir até cair, o carnaval acaba para Pierrot
Pois ao longe avista Colombina com Alerquim, seu novo amor
Ao ver aquilo, Pierrot mais uma vez torna-se um desesperado
Corre,corre como o vento, alucinado, pela mistura de dor e bebida
Passa pelos outros, de uma forma cômica, enquanto vive uma tragédia
Pobre Pierrot enamorado...
Pierrot sem perceber corre até o pier
Vendo que não tinha mais para onde correr, resolve no mar saltar
Nada, nada desesperado... Mas algo esta errado, Pierrot não consegue direito nadar
Talvez por culpa da bebida, talvez por culpa do cansaço de brincar carnaval,talvez...
Pelo desejo de que a dor acabe, de que o sentimento suma, de que as lembranças morram...
Junto com ele...
Triste notícia de jornal...
No dia seguinte, toda cidade falava de Pierrot
O pobre louco alucinado, que pulou carnaval, bebeu, dançou...
E que depois como se estivesse endemoninhado, pulou no mar.
Nadou, nadou até não poder mais, e então morreu.
Pobre Pierrot.
Mas o que o jornal não disse, o que as pessoas não sabem
é que Pierrot, não morreu afogado,
A verdade é que Pierrot morreu de amor...
Não nadou se deixou levar pelas ondas, até que uma hora afundou
E naquele momento, naquele último instante, Colombina, foi a última coisa que pensou...
Pobre Pierrot, Amou, se desiludiu, bebeu, dançou, correu
E no final das contas morreu.
Tudo que quis foi amar, e tudo que conseguiu foi se matar... Por amor.

onaitsirC