Reflexão

Sou apenas mais um tolo, no meio desse turbilhão de confusões,
tentando compreender as coisas a meu redor.
No entanto nada parece fazer sentido, mais uma vez.
Todas as questões existentes já tiveram uma resposta um dia,
mas ainda assim elas insistem em voltar.
E voltam porque tudo mudou, tudo transformou-se novamente.
O ser que existe agora, não é mais o que fora um dia.
O ser de agora é um louco incompreendido pela própria razão,
tentando buscar nas razões dos outros, compreender a si mesmo e a seu mundinho tolo de devaneios insanos.
A muito tempo que as certezas passaram a ser enormes dúvidas
e que o tudo tornou-se nada.
A muito que o ser tornou-se um curioso, que tenta enxergar o mundo que "os outros" não podem ver, que tenta explicar para si mesmo o que a razão dos outros diz e como isso pode lhe influenciar.
Mas parece que o mundo ainda não compreende isso, não aceita isso, não deseja isso, não pode conviver com isso.
Não conseguem compreender o quão simples pode ser a complexidade desse ser diferente, o quão fácil pode ser aceitar um tolo devaneador, na sua imunda sociedade sem sentido.
Mas é compreensível a razão pela qual não aceitam esse "novo ser", isso é pelo simples fato de que esse ser mudaria suas regras já tão ultrapassadas.
"O Deus está morto", já foi dito um dia por um dos muitos pensadores desse mundo, mas parece-me que isso não é, nem nunca foi bem aceito, por essa tola sociedade podre e fétida.
Tudo que esse ser busca são respostas para as varias questões que o atormentam, para toda a complexa idiotice desses fanáticos, desses moralistas, desses puritanos cegos por suas tolas crenças.
Tudo que esse ser deseja é que um dia possa compreender o mundo, e que o mundo possa vir a compreende-lo.

onaitsirC

Ps: A frase citada no texto ("Deus está morto"), pertence ao filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900), e aparece pela primeira vez em A Gaia ciência, na seção 108 (Novas lutas), na seção 125 (O louco) e uma terceira vez na secção 343 (Sentido da nossa alegria). Uma outra instância da frase, e a principal responsável pela sua popularidade, aparece na principal obra de Nietzsche, Assim falava Zarathustra. (Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre)