quinta-feira, 30 de julho de 2009

Todas as lágrimas se secaram,
Todas as feridas se cicatrizaram
Mas todas as marcas estão aqui.
Elas são como uma estrada da tijolos transparentes
Que e leva ao final do bosque escuro
E onde sei que estará me esperando
Para afastar os meus medos
Para dissolver meus pesadelos
Para compreender as coisas que nem mesmo eu entendo.
As ondas fazem parte do mar
Elas se chocam violentamente contra as paredes do meu coração
Quebrando todos os portos que havia nele
Restando apenas solidão.
Um mar vazio, um bosque escuro e um olhar assustado que nega tudo.
Em uma noite escura visito a praia
Procurando encontrar o prisma de minha alma
Procurando achar qualquer noticia deste ser estranho que se alojou dentro de mim.
As ondas levaram tudo o que podia me restar
Levaram-me tudo.
Até o que eu não tinha para entregar.

Camila Reis

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O Colar

Enquanto balança na cadeira e observava uma pequena garotinha brincando debaixo de uma árvore, o velho teve lembranças.
A garotinha não notou o velho e continuou a brincar, mesmo quando ele engasgou com a própria saliva, ela continuou a brincar.
Girava de uma lado para o outro, e olhava através das folhas e via o céu todo ensolarado.
E nessa atenção toda, viu um cometa ou algo parecido com um cometa, descer do céu.
Ela percebeu que "a coisa" não tinha caído muito longe, e de curiosidade foi ver o que era.
atravessando toda a mata densa, e da plantação de milho, chega num ponto onde estava um cratera não muito grande, mas imensa.
No meio havia uma grande pedra quente, de onde saía um brilho, vários brilhos, todos muito coloridos.
Ela decidiu chegar mais perto, sentiu um calor lhe envolver o corpo, a mão queimar quando encostou na pedra.
Mas não ligou, estava louca, estava hipnotizada.
A mão começou a se envolver na coisa, que tinha tomado uma textura mais mole.
assustada, ela puxa a mão de volta e com ela vem um colar.
Um belo colar por sinal, nele estava um símbolo, que parecia mais um ovo.
Sem dar muita atenção aquilo, ela vai embora levando consigo o colar.
Ela volta debaixo da mesma árvore perto do velho que a observava
ela coloca o colar e sente algo envolver o corpo, um calor insuportável muito mais forte que o da coisa
Ela sente mãos lhe pegando no pescoço,
era as mãos do velho, ele havia levantado e parecia um sonâmbulo, um zumbi
lhe bateu a cabeça na árvore, mais ela não conseguia gritar
as mãos apertavam mais e mais.
o colar começa a quebrar e de lá caí um bebé, um recém-nascido que começa a chorar.
Desesperada ela fecha os olhos e abre eles com a mesma força.
Ela se vê acordada em cima de uma cama, e do lado o mesmo velho
E percebe que estava em um pesadelo, mais um pesadelo pior, era realidade
Ela se levanta da cama e vai ao banheiro, o corpo todo estava dolorido.
Ela chora e se odeia por completo. Ela amaldiçoa o velho por tudo que lhe fez e que irá fazer e pela "coisa", que ele está á proporcionando ela carrega na barriga.

Uma Linha de Pensamento

Uma vez, eu estava na igreja.
O padre disse que tudo que é belo,
saía da boca de Deus.
Não discordei, nem tinha como.
No mesmo momento, pensei em seu nascimento
E descobri que ele cuspiu em você,
Agora uma abençoada pela beleza dos anjos,
Agora sinta orgulho de ti.

terça-feira, 21 de julho de 2009

No Fim de Uma Terça-feira

Num silêncio nada normal,
ando na noite sem olhar para frente,
desconheço do caminho de casa
desconheço o amor lá do coração.

Só conheço as trevas do meu lar
Só conheço mar com sal
Só sei de você, sem você me saber
Amo você, sem você me amar.

Incrível, eu adoro aquilo que me odeia
e odeio aquilo que me ama,
sou todo vil, sou um humano comum.
Sem nenhuma escapatória de morrer.

Sei chorar, sei rir
Sei gritar de dor, e por amor.
Cravado na pele a unha do polegar, me faz sangrar.
Mas nada disso é capaz de doer, mais do que aquilo que me disse
Quando estávamos sentados naquele banco, tudo ao redor em movimento
e eu parado, apenas a lhe olhar. No mesmo instante desviei e olhei
E Era Totalmente colorida.

Pensei que ia morrer, morrer de raiva.
Logo mudei de assunto, logo sonhei em voar
para poder voar para longe dali.
Pensei em lhe esbofetar, mais a culpa não era sua.
Sei tudo que devia saber, sei gemer.
Sei chorar, sei que não devia,
mas to te amando, ainda.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Faz sentido ?

Nos causamos nossas Próprias Dores
Por mais que evoluamos não mudaremos o que somos por dentro com instintos primitivos de pensar só em nos mesmos
Somos enojáveis , afinal sanguessugas de nossos próprios seres , causando dores inreparaveis as pessoas que amos cicatrizes permanentes ficaram pra sempre em nossos corações
As nossas Dores não vem do acaso não vem por nada !
Por que tiramos inspiração de coisas ruins , Por que sofrer ensina e muito !
Onde vai parar quando vai parar a grande roda gigante a procura do Poder !
Me perdoe pela minha ingenuidade por ainda acreditar nos Humanos !

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Embriaguei-vos!

"É necessário estar sempre bêbado. Tudo se reduz a isso; eis o único problema. Para não sentirdes o fardo horrível do Tempo, que vos abate e voz faz pender para a terra, é preciso que vos embriagueis sem cessar.

Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, como achardes melhor. Contanto que vos embriagueis.

E, se algumas vezes, nos degraus de um palácio, na verde relva de um fosso, na desolada solidão do vosso quarto, despertardes, com a embriaguez já atenuada ou desaparecida, perguntai ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai-lhes que horas são; e o vento, e a vaga, e a estrela, e o pássaro, e o relógio, hão de vos responder:

- É a hora da embriaguez! Para não serdes os martirizados escravos do Tempo, embriagai-vos; embriagai-vos sem tréguas! De vinho, de poesia ou de virtude, como achardes melhor."

Charles Baudelaire

sábado, 11 de julho de 2009

"Amor, Poesia, Sabedoria".

"Trazemos em nós uma tal necessidade de amor que, por vezes,
um encontro no momento certo – ou talvez no momento errado –
desencadeia o processo de fulminação e de fascinação.
Nesse momento, projetamos sobre outrem essa necessidade
de amor, a fixamos, a endurecemos, e ignoramos o outro
que se tornou a nossa imagem, o nosso totem. O ignoramos
crendo adorá-lo. Aí está, efetivamente, uma das tragédias
do amor: a incompreensão de si mesmo e do outro"

Edgar Morin

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Flor


Quero Mudar o mundo Com Você
Com alguns Pedaços dos Nossos Sonhos
De um Sonho sem fim
E Não há como perder
Você pode Sonhar, Você deve sonhar !
Você é meu Anjo, uma flor nascida de um jardim
Uma flor que não deixou ser colhida por mim,
Que me feriu, quando tentei toca-la.
Você é uma rosa bonita e malvada.

Uma Vingança de Tolos

Montado em seu cavalo, um jovem forasteiro, perdido em seus pensamentos.
Atravessa o campo, perfurando o vento, com o cabelo a balançar.
Uma linda jovem ele ver perdida, caída em seus próprios choros,
O coração do rapaz se parte, e em busca de consola-la, ele se aproxima.
A menina está cansada e desesperada, e lhe conta um triste fato,
Havia a pouco tempo, o castelo de seu pai, sido atacado por bárbaros ruivos.
Saquearam, estriparam e mataram. Ela a última viva, fugiu.
O jovem, com os seus olhos da cor do mar, caí em pranto, junto a moça.
Ao se distrair , um homem grande e forte o pega pelo pescoço, desesperado
Ele pergunta o que está acontecendo, a jovem lhe volta a palavra, já com o rosto sério
"Tu foi enganado jovem tolo", disse a moça, "e seu cavalo, forte e belo, levarei connosco."
Antes de uma resposta, o jovem já com muitas lágrimas no olho, sucumbe. Antes de pedir misericórdia.
O cavalo, que amava muito o seu dono, Revoltou-se ao ver a morte dele.
A moça se aproxima do cavalo, o mesmo à contra gosto das vontades dela, a morde no braço esquerdo.
O sangue que sai é desesperador, o seu grito muito mais.
O homem se vira, e antes de alguma reação, o cavalo lhe estoura a cara com apenas uma coice.
Com o crânio estourado, o homem cai para trás, e onde era seu rosto, jaz apenas uma goma, mas muito parecida com uma gelatina vermelha.
A moça, ao ver a queda de seu parceiro, tenta fugir. A fuga lhe foi em vão. O cavalo, muito esperto, morde o cabelo longo e preto dela e a puxa para trás com muita força.
Ela cai no chão com muito medo. O cavalo lhe estrangula com a pata em cima de sua garganta.
No mesmo instante o jovem forasteiro levanta, passa a mão na cabeleira do cavalo e lhe diz palavras doces que são
"Meu amigo, acabamos de ensinar a essas pessoas, à nunca mais mexer com quem está em paz em sua jornada."
Ele monta no cavalo e continua seu caminho pelo campo aberto, enquanto ao outros dois apodrecem em meio ao verde.

Alma Vazia †


Eu queria poder entender essa alma vazia,
que guarda todos os meus medos,
que possui todas as minhas lágrimas...
A escuridão em volta é minha amiga,
ao menos ela me entende,
só ela sente minha dor,
só ela sente esta alma perdida...
Estou caindo em desespero,
e tento me esconder,
eu quero me libertar...
Mas algo me controla,
todas as coisas aqui me possuem...
Eu choro lágrimas de sangue,
estou caindo em desespero...


Esta alma,
vazia,
que me prende em meio a ferros ponteágudos,
me fere em todos os pensamentos...
Pesadelos invadem meus sonhos,
este lugar me possui...
Eu quero me libertar desse espírito maldito,
mas minha alma está vazia...
Há mesmo alguém lá fora para acreditar?
Alguém que possa me salvar?
Estou caindo em desespero...
Já não tenho mais sonhos...

Beijos gélidos,
Lady Death

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Um Triste Conto

Quatro guardiões,
todos cavaleiros errantes, errados em tudo
Travarão uma batalha difícil em cima das montanhas
Combaterão todo o mal, e sucumbiram diante à falta de confiança
Tiveram perdas preciosas, pedras preciosas roubadas
E suas mulheres estripadas, triste fim para os quatros guardiões
que levavam consigo, a arca de tesouros do Rei.
Heranças perdidas, fatos acontecidos, que não são nada lindos
mais diante de ribanceira onde os corpos foram jogados
havia um lago, e diante dos cavaleiros inimigos, uma donzela linda apareceu
e os olhares deles brilharão com a beleza dela, e tiveram inveja da água
que em suas coxas encostavam. Molhavam.
Ela volto-se com raiva daqueles cavaleiros horrendos que tinha matado os guardiões de seu rei querido.
E ela lhe concedeu uma vingança, ela com sua mágica, fez o nível do lago subir
E com isso capturou eles com as raízes das árvores amigas, e puxaram-los para o fundo do lago.
Agora mortos estão dentro do lago, jaz os corpos dos dois lados. Todos afogados.
Dizem que os Cavaleiros e os Guardiões, travão uma batalha até hoje. Como fantasmas, claro.
São treze corpos que não descansam. Minha donzela linda, agora eis uma assassina minha
Vingou meus amigos por mim. Te devo essa bênção, mas só te mando um beijo por enquanto.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Aglutina comigo, vai?

Sangue estocado em minha veia, aglutina
Coagulou pela falta de perdão, sem dó
o braço não levanta mais nem para um adeus.
Fico numa tristeza profunda...
não sei em que ponto devo cair, me sustentar seria impossível sem assas
apenas pouso minha mão em sua coxa e lhe acaricio o rosto
já cansei de te chamar de minha donzela, mas não tenho outra maneira melhor para lhe voltar a palavra.
Isto pode ser amor, isto é amor!
Querida, entre três escolhas, um jovem forasteiro, contra o pistoleiro, um tal de assassino
Lágrimas numa moeda de ouro, uma batalha sem destino algum.
É, onde você não entende minhas palavras
É, além da compreensão humana.
E eu to falando sozinho, você não me entende, não é mesmo?
vou procurar um riacho para atravessar, uma correnteza para enfrentar
e meu ego irá crescer. E irei me gabar, sendo um maldito superior.
Que incrível merda isso seria, danado pelos ventres femininos que adoro.
Continuo a cair em tentação, com uma tempestade de provocações,
baixo meus lábios no seus, e minha mão circula em sua cintura.
Pronto. Já vou machucar o coração outra vez,
O sangue estocará, na veia aglutinar, Coagulado em pouco tempo estará.
E outra vez, a tristeza irá tomar conta de mim.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Memória pela luta

Estou tão distante ultimamente,
mais eu tenho meus motivos, motivos que você não entenderia
causas de transtornos, tudo um mar maldoso de estrume
não sinto o seu cheiro mais, não a vejo mais
e olha que eu estive esperando no ponto de ónibus, á sua espera
e você não passou por mim.
Agora só procuro um fio de deleite,
um nobre mequetrefe, que tal um coquetel molotov ?
Mas no Poço escuro, onde tu bebia água, agora jaz eu por ti.
Um terrível engano, talvez.
Insuportável domínio de escravidão por ingratidão
Cravado na pele como uma cicatriz flamejante,
um destemido ser, um detestável eu.
Mim devia ter que acabar, murcha entre as flores, já murchas
Tomar do veneno que deveria ser o antídoto
A cura que não haveria se não existi-se dor ou doença.
Cravo no rosto, cravo no jardim.
Tudo um só castigo, um venerável inimigo.
Ainda quero ver, quero ter
Uma memória pela luta, pelo que lutei.
Mas que seja lembranças boas, apenas.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Revelações Breves

Nem sei o que te dizer, estou sem palavras
não tenho ideia do que dizer para você nesse momento
Em dificuldade comigo mesmo,
não estou sabendo discernir o que eu possa fazer
Estou tão ileso como caracol. Mas muito atordoado com o que te acontece
Você é o doce do meu mel, e quando você entristece
Torna-se para mim azeda e me incomoda.
Não quero você estragada, se é que me entende
Estou calmo, e sem entender nada
Não compreendo suas ações, seus motivos
Seus fins.
Queria estar em sua realidade,
Tomar do seu veneno hoje, amanhã e ontem.
Mesmo que eu tenha que morre ao seu lado em silêncio,
O importante para mim é esta lá.
Sempre mais, muito além, como eu sempre disse.
Numa escuridão, sem alma, estou,pois,
Você a levou e deixou meu amor.
Curtindo a sombra, fugindo dum sol insuportável
sinto falta da sua voz me ensurdecer
Do seu sorriso, que me alegra até mesmo ao som dum canto fúnebre
Sei mais nada, marcho até o fim
Em busca do lado negro da visão,
Em busca de uma razão, de uma decisão
O mesmo irei tomar, daqui a pouco quando seu olhar outra vez eu encontrar
E da sua vida, não serei mais um excluído
E no próximo turno, acontecera a sentença
Onde o Punido serei eu. Como sempre!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Altruísmo Com Naco de Empatia

Muito além de desejos absurdos,
Minha querida, guarde por mim toda a alegria que esvai de um sorriso,
crie comigo uma forma de ser feliz.
Sorrisos alegram, você por si só.
Neve cai, irmã da chuva, sem trovoadas.
Aonde está esse amor, quando um problema lhe cega
Quando o desespero fica nítido, o resto vira borrão
Me explique porque, você só precisa me dizer.
Aonde está você com seu sorriso, um sorriso de cativar multidões.
Muito difícil decidir, muito complicado saber
Está além de mim, como um choque de curiosidade.
Motivo tudo tem para todos, mais você, meu bem
Bem que podia sair desse mundo, tão distante do meu,
venha me seguir, venham caminhar comigo
Para um lugar só para nos dois.
Sem medo, sem medo
Eu estarei com você na encruzilhada do destino.
Juntos.
Mais você procura alegria em outro,
porque meu melhor amigo?
Eu que amo os dois, estou em dúvida
Caindo de minhas assas da fantasia montada por mim, para nós.
Luto pelo desespero, não estou mais livre.
Estou sentindo muita dor, Luto contra isso
Agora pareço um fantasma para os dois.
O pior dia para mim é hoje, minha alma se corroí
Estou mais melancólico, mais fraco
Queria corta minha garganta e sangra até a morte.
Queria morre pelos dois, deixa-los livres de mim.
Mas eu não consigo larga, nem um, nem outro
Apenas choro, sem forças.
Falem do fim para mim. Digam com todas as palavras,
peçam que eu morra, e eu morrerei.
Minha falta no mundo será nula,
posso sair da sua vida agora, e seu mundo continuará a gira.
Triste fim de um nobre cavaleiro que amava.
Triste amor por dois seres, que eram tudo para mim.
Não luto mais, deixo os ir.
Apenas deixo esse amor entre os dois, em paz.
Melancolizo comigo mesmo, sou um nada.
Não falo com mais ninguém, sou um tolo solitário
Supero tudo sozinho, sou um tolo solitário
Sou um idiota, faço tudo errado e quero concerta do jeito errado também.
Meu nome não interessa ninguém,
Mais além do fim, da dor.
Sem mais ninguém, Sei mais que ninguém
Que Sou um Lobo solitário.