segunda-feira, 6 de julho de 2009

Memória pela luta

Estou tão distante ultimamente,
mais eu tenho meus motivos, motivos que você não entenderia
causas de transtornos, tudo um mar maldoso de estrume
não sinto o seu cheiro mais, não a vejo mais
e olha que eu estive esperando no ponto de ónibus, á sua espera
e você não passou por mim.
Agora só procuro um fio de deleite,
um nobre mequetrefe, que tal um coquetel molotov ?
Mas no Poço escuro, onde tu bebia água, agora jaz eu por ti.
Um terrível engano, talvez.
Insuportável domínio de escravidão por ingratidão
Cravado na pele como uma cicatriz flamejante,
um destemido ser, um detestável eu.
Mim devia ter que acabar, murcha entre as flores, já murchas
Tomar do veneno que deveria ser o antídoto
A cura que não haveria se não existi-se dor ou doença.
Cravo no rosto, cravo no jardim.
Tudo um só castigo, um venerável inimigo.
Ainda quero ver, quero ter
Uma memória pela luta, pelo que lutei.
Mas que seja lembranças boas, apenas.

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