A chuva que desce,
o sol expande,
para você darei a nota
que na guitarra tocarei.
Num crepúsculo,
de invejar os deuses.
Das revoltas dos revoltosos,
gritos sem louvor.
Sinto raiar do sol,
que racha a terra e
queima minha pele, em
um deserto escaldante.
Mesmo assim a guitarra canta
e de sua beleza, viaja.
Sem notar, a nota se abandonara
em qualquer altar.
Mesmo que água esbanje
para os sem sede e
falte para os
que no deserto morar.
Mesmo que a terra esquente
e o sol esfrie.
O enamorado,
nada vê,
nada escuta
e nada diz.
E quando dizer lhe convêm,
diz palavras sem sentido,
que todo o poeta já disse.
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