Visão do tudo, que não é nada

Nesse momento sem inspiração,
o que eu devo dizer?
Poderia falar do amor,
mas o mesmo nunca foi compreensível para mim.
Ao mesmo tempo que é a coisa mais bela do mundo,
é a maior decepção para todos;
Poderia falar da amizade, sim,
mas já não sei quem são meus verdadeiros amigos,
Pois meu orgulho e minha arrogância sempre me cegam,
não permitindo que eu os possa reconhecer;
Poderia falar do Deus ou dos Deuses,
mas minha fé se perdeu nas areias do tempo,
junto com minha inocência e boa parte de meus sonhos;
Poderia escrever uma bela poesia,
mas a beleza nos meus textos se perdeu junto com minha tola inspiração;
E isso é tudo que resta, um ser sem inspiração,
com textos cada vez mais vazios e desconexos.
Buscando encontrar respostas de questões inexistentes,
com suas palavras repetitivas, e sem sentimento.
Aquele que um dia se declarou poeta,
agora percebe que as coisas não são nada do que parecem.
O poeta se viu como um mero escritor de textos tolos,
e agora tudo que faz é se repetir, de forma cada vez mais tola.
Talvez um dia a inspiração volte, mas certamente o título de poeta, não voltara.

13/01/09 a 15/01/09

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