terça-feira, 7 de abril de 2009

Realidade Fantasiada



- O que é real?
Pergunta a criança ao poeta
- O que você quiser que seja.
Responde o poeta á criança
- Mas e seu amor? Você deseja que ele seja real, mas você mesmo admite que não é.
Exclama a criança ao poeta
- Acha que o amor é real?
Indaga o poeta á criança
- Se não é real, porquê tantos sofrem por causa do mesmo?
Indaga a criança ao poeta
- O amor é o mais belo dos sonhos, mas deve-se lembrar sempre, que por mais que o mesmo seja belo, e por mais que desejemos que ele seja real, o mesmo só pode se tornar real se aquele ser a quem tu amas passar a te amar também.
Exclama o poeta á criança
- Basta apenas convencer o outro ser á amá-lo também, para o amor se tornar real? Se é necessário apenas isso, então por quê tantos continuam a sofrer?
Indaga a criança ao poeta
- Criança tola e ingênua, as coisas á serem feitas, não são tão simples quanto as ditas. É bem simples dizer que o outro ser deve ama-lo, mas é muito difícil conseguir tal proeza.
Exclama o poeta á criança
- Qual a dificuldade disso?
Indaga a criança ao poeta
- Criança, me espanto com tuas questões tão ingênuas. Tu carrega os sentimentos, tu possuis o coração, mas ainda assim, não o compreende? Não percebe a importância do mesmo?
- Um alguém, só pode amar a outro ser, quando seu coração começa a bater em razão daquele único ser.
Exclama o poeta a criança
- Poeta, ainda não entendo, as coisas ainda parecem simples, amar ainda parece ser apenas aceitar os sentimentos alheios. O que há de tão difícil em aceitar um outro ser em teu coração?
Indaga a criança ao poeta
- Criança, minha cara criança, ainda não aprendeu nada com este coração humano que possuis?
- Ainda não percebeu que o mesmo só suporta um ser de cada vez, quando se trata desse tipo de amor?
- Ainda não entendeu que o coração da amada já está ocupado por um outro ser?
- Ainda não sentiu o que os sentimentos lhe dizem?
- Criança, um alguém só pode amar um outro alguém se realmente desejar isso, no entanto, não é possível dizer ao coração o que ele deve fazer.
Exclama o poeta a criança
- Então por quê permanecer com essa máquina de sofrimentos no peito?
- Por quê continuar sentindo seus batimentos tão fortes por um ser que não se importa?
- Por quê devo "sorrir amor", se meu desejo é "chorar sofrimento"?
- Por quê, diga-me por quê poeta, este peso deve ficar agarrado ao peito, essa dor deve trazer tanta agonia?
- Por quê este tal de amor me traz tanta alegria, mas ainda assim me consome a vida?
Indaga a criança ao poeta
- Criança, sou apenas um poeta, um mero tolo que descreve sentimentos no papel, um simples ser, que interpreta o que os sentimentos são e então os transforma em palavras. Eu, sou aquele que divide a alma contigo, eu sou aquele responsável por descrever tua vida em versos.
- "Eu nunca senti (verdadeiro) amor em minha vida", é a frase que tu tens de entender. Amar é uma mistura de dor e alegria, amar é fel e mel no mesmo instante, mas amar pode nunca passar de uma mera ilusão.
- O coração é sim uma máquina de sofrimentos, mas também é o responsável pela coordenação dos teus sentimentos, sem ele você nada seria além de um poço seco, nada além de uma casca vazia.
- E sem esta dor no peito, tu nunca compreenderias o que é o amor.
Exclama o poeta a criança
- E o que é o amor poeta?
Indaga a criança ao poeta
- O amor é uma tola melodia presa na memoria.
- O amor é uma insanidade necessária.
- O amor é um ferimento que lhe traz dor, mas não te mata.
- O amor é aquilo que tu mais vai desejar, e mais vai repulsar ao mesmo tempo.
- O amor criança, é o mais lindo dos sonhos, que tem a possibilidade de se tornar realidade.
- O amor é uma realidade fantasiada
- Porque o amor criança, é inevitavelmente a busca da felicidade em outro ser.

Jamiel

3 comentários:

Onaitsirc disse...

Que coisa ridicula huahauhauhauhua
Só o final mesmo que prestou ¬¬'

onaitsirC

C.C. disse...

Não.

Não achei ridículo.

Cada vez mais sinto orgulho de vc onaitsirc san^^

Onaitsirc disse...

Nhoooooooo °_°'
Assim eu fico até sem palavras Cacau-chan ^^'
Te adoro sabia =D