segunda-feira, 8 de junho de 2009

Frio

Recriado da escuridão.
Ó, senhor
Sinto o Frio cortante, Penetrante.
O corpo todo dormente.
O ar gélido entra em minha carne,
Como uma faca ( muitas facas), muito afiadas.

A dormência dos músculos
Me intimidam, chiam.
Gritam de Frio,
E meus lábios (doce lábios de carne e sangue),
Sopram nuvens, mais brancas que as nuvens do céu
E mais limpas que a água que tu bebes.

Ó, Frio cortante, decente.
Minhas pernas tremem
Em cada passo que dou,
Me causa dor, muita dor
Tudo culpa sua,
Ó, Frio indolente, que nunca vai embora.

Frio de Verão, Frio de Tesão.
Cai lágrimas geladas, que sinto em Trajetória uniforme
Para a boca roxa, de lábios roxos, de carne e sangue.
Ó, Frio que és que nem mil facas em meu abdómen,
Tire o "Refrão de Bolero" de minha cabeça, e Tire aquilo que mais me faz sofrer.
Aquela dúvida maldita. Só quero aquecer o coração.

Ó, Frio cortante, decente.
Ó, Frio indolente, que nunca vai embora.

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