sábado, 13 de junho de 2009

No fundo de um bar

A ver meus castelos se desmoronar,
Passei dois ou três anos nos fundos de um bar.
As mesmas bebidas cuja as garrafas estavam empoeiradas e o cheiro de mofo tomava o lugar
Sim, eu estava lá.
Embriagada em minha lucidez, apenas sentido o álcool entrar em minhas narinas sem ao menos minha língua sorver.
Os mesmos discos, os mesmos risos, os mesmos rostos repedidos e eu morta psicologicamente apenas com 16 anos
E desta vez eu não tinha olhos insanos,
Eu já nem tinha olhos.
O mel que ele tinha havia se secado por completo
E mesmo com as enchentes que o alagam quando lembro...
Eles permanecem secos
Nem quando a bebida me toca e eu me ponho a bailar eles se comovem de forma sincera e sua cor nada faz para expressar.
Eu com apenas 16 anos sem nada a pensar
Somente a acompanhar o meu quarto adolescente cheio de vida fugaz com o fun do de um bar.
O meu sono é onde me refugio sem pensar, como se ele fosse a bebida a me abraçar
Os discos, os risos e os rostos repetidos tentam me despertar.
E eu anestesiada com minha própria existência e solidão continuo assim
Apenas uma adolescente morta no fundo de um bar.

2 comentários:

Igor Michel ... disse...

Grandioso Começo... Parabéns

Camila Reis disse...

[i]Tank´s ;D
eu espero qee daqui em diante eu faça melhor!